terça-feira, 2 de junho de 2009

"À minha filha em França..."


Neste período, escolhi para o contrato de leitura o romance “À minha filha em França…” que foi escrito por duas irmãs,Barbara e Stephanie Keating.
Neste livro, as autoras transportam-nos constantemente numa viagem, quer no tempo, entre a segunda guerra mundial e 1970, como no espaço, entre a França e a Irlanda.

A história começa com a morte de Richard Kirwan, mais precisamente com seu testamento, que vai revelar à sua família (Helena, a sua esposa, e os seus três filhos, Eleanor, James e Elizabeth) um segredo com mais de 20 anos. Segredo esse, o da existência de mais uma filha, que vive em Paris.
Deste modo, Eleonor, a sua filha mais velha, inicia, nos anos 70, uma troca de correspondência com a sua meia irmã francesa (Solange de Valney) com o intuito de compreender como o pai de ambas conseguira conviver com tal segredo sem que ninguém se apercebesse.

Para Solange, o único pai que conhecia e amava era Henry de Valney, mas agora, fora surpreendida com a existência de um novo pai, o verdadeiro, Richard Kirway.
Em Dublin, a família de Richard procura lidar com a dor da sua perda, e também, com a descoberta deste segredo, tão bem ocultado ao longo da sua vida.
É, precisamente, neste ambiente desconcertante que nos faz voltar a Paris no início da segunda guerra mundial, à execução dos judeus, à audácia dos que resistem e à debilidade do amor em tempos de guerra.
Aqui tem início o enredo, no preciso momento em que Richard Kirway, professor universitário, ao ser ferido gravemente pelos alemães é ajudado por uma médica, Cecile, e se apaixona inesperadamente por ela.
Assim, nos anos setenta e a época da guerra interpenetram-se e aclaram os acontecimentos dando a conhecer os problemas vivenciados pelas duas famílias.

“Sobre uma complexa sequência de amores proibidos, actos heróicos e segredos obscuros, prepara-se uma intensa busca de vestígios passados, mantendo em suspenso os destinos de duas famílias.”

Na minha opinião, é um livro bastante interessante e adorei lê-lo. Apesar das suas quatrocentas e trinta e duas páginas, é de fácil leitura e a história é entusiasmante.
É um livro fascinante que nos faz compreender que de facto há momentos em que nada parece o que é, onde nem sempre o errado não está certo e o que nos parece estar certo pode muito bem estar errado.

“ À minha filha em França…” é, portanto, um livro a não perder.

"Anjo Negro", de Francisco da Costa Oliveira


Uma história com factos verídicos, conseguida por um jornalista do “Daily Mirror”, um diário britânico.

“Anjo Negro”, fala-nos de um jornalista, James Harding, que surpreendeu tudo e todos quando consegue, durante dois meses, aceder a todas as salas do Palácio de Buckingham. Eram ainda muito recentes os atentados de 11 de Setembro e nenhum sinal podia ser ignorado pelas autoridades, é quando acontece uma rusga que pretende controlar o que se julga ser um ataque terrorista, e onde Jayne Tinsley, consegue escapar, mostrando a todos que não é uma presa fácil e que tem uma séria razão para fugir.Agora falta descobrir qual será a relação desta mulher com o acesso do jornalista ao Palácio de Buckingham e o contacto com a família real. Jayne Tinsley guarda um grande segredo…


“Uma história em que a paixão, a coragem e a sede de justiça de uma mulher não conhecem limites.”


Um pequeno excerto:
«"Estou cercada." Tinha de ser, uma vez mais, lesta a evadir-se. Enquanto traçava mentalmente os próximos passos, vestiu o uniforme negro, para se tornar mais ágil, e as tabi, as botas-pantufas com separação nos polegares dos pés que usava nos treinos de Langfolk. Prendeu o cabelo na nuca com um elástico e agarrou na mochila. Ainda olhou para a porta do seu quarto, mas não tinha tempo para mais nada. O perigo estava muito perto.»

Na minha opinião, é um livro empolgante e misterioso que nos leva à curiosidade da página seguinte. Aconselho a quem gosta de pequenos mistérios, descobertas e aventuras.
Sofia Cruz
Olá meninos

Acrescentei um novo link: http://www.leituradiaria.com/

que tal ler obras literárias no telemóvel ou no mail, 5 minutos por dia. Vão lá espreitar: é giro!

Cecília Furtado

O "Último Cais" é um livro da autoria de Helena Marques.

Esta autora, já nos habituou a obras de leitura relativamente simples, mas envolventes e que nos obrigam a pensar na nossa vida futura e a ponderar bem as nossas escolhas.

As personagens desta história não são reais, contudo podiam ter sido, na medida em que esta obra percorre várias décadas e faz referência a factos históricos, como a monarquia, a escravatura, a emancipação feminina.


Por de trás destes aspectos conta-se a vida de várias mulheres de épocas passadas:
  • A que viveu a vida toda longe do marido (médico voluntário que passava a vida a viajar) e que morrer no parto, mas sentindo-se concretizada;

  • A que foi amada, mas por um homem casado que teve de abandoná-la para não a deixar sofrer mais;

  • As que, apesar de irmãs, não se suportam devido a partilharem o mesmo amor e acabaram “enfiadas” num convento;

  • A que teve de ultrapassar a crescente, impossível e incómoda tentativa de ser igual à sua perfeita mãe;

  • A que teve um casamento horrível, mas lutou e conquistou não o amor, mas o companheirismo e cumplicidade do homem que queria.

E de alguns homem, a destacar:

  • Um padre que põe em causa a existência e acção de Deus;

  • Um homem que teve de suportar a morte de sua mulher no decorrer do acto mais importante e pleno da sua relação com ela, seguida da criação e educação do fruto deste grande amor, a filha Clara que viveu sem mãe.
  • Etc, etc, etc…

"Um livro muito bem conseguido.", digo eu.

“O Menino de Cabul”

Para o contrato de leitura deste 3º Período escolhi o romance “O Menino de Cabul” de Khaled Hosseini, um livro, como nos diz a crítica, “poderoso… sem grandes floreados, apenas prosa, dura e simples… um relato íntimo sobre a família, a amizade, a traição e a salvação” (The Washington Post Book World).

A partir da história de vida de dois rapazes, Amir e Hassan, o autor leva-nos até à dura realidade afegã, atingida pela guerra e dominada pelos talibãs.
Amir, filho de Baba, patriarca e homem da sociedade, perdeu a mãe quando esta o dava à luz, o que o faz muitas vezes sentir-se culpado em relação ao pai.
Hassan é filho do criado da casa de Baba, e, para além de amigo de Amir, é também seu criado.
Ao longo do romance, enquanto crianças, os dois rapazes brincam juntos, subindo às árvores, jogando às cartas e fazendo voar papagaios, o que os faz divertirem-se de tal forma que quase se esquecem das posições sociais que os separam, mas que Assef e dois amigos fazem questão de lhes recordar.
Contudo, esta amizade que une Amir e Hassan é quebrada quando num dia de lançamento de papagaios pelas crianças da cidade, Amir vê Hassan ser violado por Assef e foge.
Sentindo-se culpado por não ter ajudado o amigo, encontra como melhor solução afastar Hassan de sua casa, ou melhor dizendo a vergonha e a culpa que sente.
As suas tentativas acabam por dar resultado e é a partir de aqui que os dois rapazes tomam rumos diferentes.
Enquanto Hassan e o pai se afastam e vão viver para uma aldeia distante, a guerra chega ao Afeganistão e Amir e Baba fogem para a América, onde refazem as suas vidas, mas onde o passado não abandona nem um, nem outro.
A partir daqui, a história desenrola-se de forma inesperada e segredos escondidos durante muito tempo são revelados, o que leva a uma espécie de salvação da alma.


A meu ver este romance tem uma história por si só muito dura, que nos mostra o poder da guerra, mas também da culpa e da vergonha, consequência de uma sociedade com uma cultura extremamente rigorosa.
“O Menino de Cabul” foi uma obra que me deu extremo prazer a ler, e que, por vezes, me deixou revoltada e indignada.
É também, uma obra muito diferente das que habitualmente leio, mas que me deixou presa da primeira à última página, não me tendo, praticamente, deixado tempo ou vontade de fazer outra coisa que não lê-la.
Além disto, possui uma história tão poderosa que quando a terminamos sentimos um vazio que parece quase impossível de ser preenchido.
-
"A vida é um comboio... Não o percas!"
e
"Só há um pecado... o roubo. Quando dizes uma mentira, estás a roubar a alguém o direito de saber a verdade."
-
as frases, para mim, mais marcantes desta obra

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"O carteiro de Pablo Neruda"

"O carteiro de Pablo Neruda"


A obra que escolhi intitula-se “O carteiro de Pablo Neruda”e narra uma história de amizade entre um carteiro e um poeta de grande sucesso: Pablo Neruda. A acção passa-se no Chipre, na ilha negra.
Mário Jiménez, morador desta ilha, trabalha nos correios locais, onde faz a distribuição de cartas, sendo a casa de Pablo Neruda a mais visitada, o que leva à criação de uma grande amizade.
O empregado dos correios, apaixonado pela jovem da estalagem, pede auxílio a Neruda para que com os seus poemas conseguisse que esta se rendesse aos seus encantos. Mais tarde acabam por casar-se. Entretanto o poeta é nomeado para embaixador do Chile em França.Com isto, a vida de ambos tomou rumos diferentes, mas o sentido da amizade prevaleceu.
Tempos mais tarde, deparado com uma doença que o levará à morte, Neruda, volta à ilha, local de que tinha saudades. Devido ao seu estado agravado de saúde, acaba por morrer pouco tempo depois.


Em suma, não sendo eu grande apreciadora de leitura, em termos de tamanho é um livro bastante acessível, mas que por outro lado não desperta muito interesse. Dos poucos livros que li, este foi, talvez, o que me deixou menos empolgada.

Cem Anos de Solidão


O livro que escolhi para o contrato de leitura deste período foi "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Márquez.
A história passa-se na fictícia aldeia de Macondo, a qual é fundada por José Arcadio Buendía, líder da comunidade.
Em pouco tempo, a aldeia transforma-se em cidade devido à visita de um grupo de ciganos, que trazem descobertas ao seu povo. Por entre estes, encontra-se Melquíades, um velho sábio que faz amizade com José Arcadio Buendía e lhe conta as histórias das suas diversas viagens pelo mundo. Este feiticeiro fica a viver em Macondo, morre passado algum tempo e o seu espírito vai ser visto, e chega mesmo a falar com algumas personagens. É assim, uma personagem muito importante da história devido ao seu lado misterioso, que no final vai ser desvendado.

José Arcadio Buendía é casado com Úrsula Iguarán, e são a primeira de sete gerações da família Buendía Iguarán. Deste casamento nasceram três filhos: José Arcadio, Aureliano e Amaranta. A estes juntar-se-á Rebeca, que vai ser adoptada numa altura em que José Arcadio já está senil.

A história desenrola-se à volta desta geração, dos seus filhos e respectivos descendentes, com a particularidade de que todas as gerações vão ser acompanhadas por Úrsula, que vai viver 150 anos.

Na minha opinião, Gabriel Garcia Márquez elabora assim uma excelente obra, na qual engloba variados temas da sociedade, tais como, o amor, a sexualidade, os problemas sociais e políticos, a guerra, a morte, as forças sobrenaturais, entre muitos outros.


Este foi um livro bastante interessante, o qual gostei de ler. Para mim, o que dificultou um pouco a leitura desta excelente obra, foi a repetição dos nomes de algumas personagens ao longo da história.

Recomendo que leiam e espero que gostem tanto como eu.

O Menino de Cabul

Neste 3º período, o livro por que optei foi “O Menino de Cabul”, do autor Khaled Hosseini. Esta obra já foi lida por milhões de pessoas em todo o mundo e a história já foi passada, em 2007, nas salas de cinema.

Trata-se de uma história que nos fala do Afeganistão, nos anos pré-invasão soviética, nos anos 1978; essa é até hoje uma região de vários conflitos. Também nos fala dos costumes, da cultura dos povos pois num só país há xiitas e hazaras. Nessa região há um costume, o torneio de papagaios, que o autora narra: o personagem ,Amir Jan, faz de tudo para vencer o torneio e para que o seu pai tenha orgulho de si.

Neste livro conta-se a vida de três meninos que passam parte das suas vidas em Cabul. O último, que aparece quase no fim do livro, é o sinal de esperança. Ele vem permitir a expiação das cobardias de um dos dois que começam a história. São três meninos de coragem e o autor conta uma história de amizade onde não faltam também as mentiras escondidas durante uma vida inteira e os momentos dramáticos.

Baba, o pai de dois dos meninos, não era afinal tão perfeito como o filho julgava. E o livro conta que até ele, o homem forte e corajoso, tinha na sua história momentos de fraqueza, também tinha “pecados” que teriam de ser descobertos, muito mais tarde, pelo próprio Amir.
Um livro que nos fala de amizade, de coragem, de lealdade e de covardia. O primeiro livro, escrito em inglês, de um jovem escritor que, como um dos meninos que retrata, tem um dom especial para a escrita, fugindo sempre que possível dos costumes mas não os evitando quando é preciso.

Concluindo : gostei imenso de ler este livro onde encontrei várias frases que me marcaram.Este livro fez-me buscar também lembranças do meu passado para saber melhor o presente.

“Um homem sem consciência, sem bondade, não sofre.”
“Só há um pecado. O roubo…quando dizes uma mentira, estás a roubar alguém o direito de saber a verdade.”
“Nunca é tarde para acertar as contas.”

domingo, 31 de maio de 2009

O Leitor

O livro que escolhemos para ler neste 3º período foi "O Leitor" de Bernhard Schlink. A história passa-se na Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial e retrata uma paixão entre um adolescente de 15 anos, Michael, e uma mulher de 36, Hanna. Michael sofre de escarlatina e Hanna ajuda-o numa das suas crises. Mais tarde, o adolescente procura a mulher para lhe agradecer e a paixão é imediata.
Encontram-se diariamente e, ao longo desses encontros, Michael percebe que Hanna gosta que leiam para ela e, assim, a relação dos dois intensifica-se.
Porém, repentinamente, Hanna desaparece misteriosamente da vida de Michael, deixando-o confuso.
Oito anos passados, Michael é já um estudante de direito que assiste aos julgamentos de guerra nazis e fica estupefacto ao ver Hanna como arguida no tribunal.
À medida que o passado de Hanna é revelado em tribunal, Michael descobre que Hanna não sabe ler mas não consegue fazer com que isso seja revelado, pois Hanna não quer.
Hanna é condenada e, ao longo dos anos, aprende a escrever e escreve bilhetes para Michael, enquanto ele lhe manda cassetes com livros lidos em voz alta por ele, para ela.
O bom comportamento de Hanna, fá-la sair em liberdade mais cedo e, quando, depois de tudo planeado, Michael vai, finalmente, buscá-la, Hanna suicida-se.
Na nossa opinião, é um livro bastante interessante. Além de ter uma história fantástica, a escrita é simples e fácil de entender. É um bom livro e recomendamo-lo principalmente a quem não gosta de ler, já que "O Leitor" nos prende da primeira à última página. Leiam!

sábado, 30 de maio de 2009

Fortaleza Digital


Neste 3º período, o livro que escolhi para a minha leitura foi "Fortaleza Digital", do célebre autor do Best-Seller "O Código Da Vinci", Dan Brown. Neste livro de ficção científica , o autor conta a história de Susan Fletcher(uma das melhores criptógrafas da NSA) e do seu noivo David Becker(um professor universitário, e um profundo conhecedor de línguas estrangeiras, as quais fala excelentemente).

Susan Fletcher trabalhava na NSA(National Security Agency), uma Agência de Segurança Nacional americana, mais poderosa do que a CIA ou qualquer outra organização de segurança no mundo. A NSA tinha diversas funções: armazenamento, envio e recepção de dados respectivos ás operações do governo americano e intercepção e descodificação de mensagens terroristas. Esta agência decidiu então construir um computador super potente com vista a combater a acção de grupos terroristas na era informática, chamado TRANSLTR, que conseguiria decifrar qualquer mensagem encriptada em tempo mínimo, independentemente do nível de dificuldade de decifração que essa mensagem pudesse ter. É nessa altura que um funcionário da NSA, de seu nome Ensei Tankado, que é a favor dos direitos civis, sai da NSA para criar um algoritmo indecifrável a que dá o nome de Fortaleza Digital. Quando o TRANSLTR se depara com um estranho código, a NSA é obrigada a chamar a brilhante matemática e chefe do departamento de criptografia, Susan Fletcher para verificar o que se passa. É ai que descobrem que Ensei Tankado tem a NSA como refém: Tankado exige que a NSA revele publicamente a existência do TRANSLTR ou então ele publicará o Fortaleza Digital na Internet. No entanto, antes de poder concretizar a sua ameaça Tankado morre misteriosamente numa praça em Sevilha. Enquanto Susan utiliza o seu talento como criptógrafa para desvendar o mistério do Fortaleza Digital, o seu noivo David Becker parte em busca de um anel deixado por Tankado na cidade de Sevilha que poderá conter a chave do código. Encontrando-se envolvidos num esquema malévolo, Susan e David precisam de travar uma batalha de vida ou de morte para tentar evitar aquilo que pode ser não só uma tragédia de segurança nacional, mas também a insegurança a nível mundial para sempre.

Mais não vos conto, porque foi a partir deste ponto que, na minha opinião, a história começou realmente a ficar interessante. Isto pelo facto de, a partir daqui, a acção sofrer constantes reviravoltas. Foi dos livros que mais gostei de ler ao longo destes 3 anos de contrato de leitura, senão for mesmo aquele que mais gostei de ler. Muito bem escrito, numa linguagem não muito complexa, de agradável leitura, emociante em algumas partes, devido à maneira como autor narra os acontecimentos,escolhendo muito bem as palavras.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Jogo do Anjo



O livro que escolhi para o contrato de leitura foi “O Jogo do Anjo”, de Carlos Ruiz Zafón.
Depois de ter lido “A Sombra do Vento” do mesmo autor, apaixonei-me pela sua escrita que nos envolve da primeira à última página e, por isso, senti necessidade de ler mais obras suas.


Esta história passa-se em Barcelona nos anos 30 e fala-nos da vida de um jovem que ambiciava ser escritor: David Martin.
David teve uma infância dificil, primeiramente foi abandonado pela mãe e, mais tarde, viu o seu pai ser assassinado.
Os livros eram a sua paixão e como não tinha possibilidades para os adquirir passava muito tempo na livraria “Sempere”, onde poderia ler inúmeras obras.
Fora convidado para trabalhar numa redacção de um jornal de Barcelona aceitando não só pelo dinheiro mas porque via neste trabalho uma possibilidade de um dia poder escrever algo seu.
Esse dia chegou. Como David teria mostrado aos colegas de trabalho o que escrevia, esta notícia chegou ao editor que decidiu dar-lhe a possibilidade de escrever para uma pequena coluna.
David decide escrever uma história de terror passada em Barcelona. Ao fim de algumas edições era já um sucesso, os leitores exigiam mais histórias e os colegas de trabalho começavam a invejá-lo e, por esta razão acabou por ser despedido.
Pedro Vidal, um milionário que ligado à redacção onde David trabalhava, decide ajudá-lo pois tinha uma grande admiração e necessidade de proteger este jovem, o que mais tarde se justificaria por ter uma divida para com ele: o pai de David tinha sido assassinado no lugar de Pedro.
Vidal já há muito tempo que tentava escrever uma obra prima de literatura, contudo, não era bem sucedido.
É então que David começa a trabalhar numa editora que publica os seus contos de terror sob um pseudónimo. Não era o que sonhava pois gostaria que o seu nome viesse impresso nas histórias, mas os patrões garantiram-lhe que futuramente isso iria acontecer, até lá com o dinheiro que recebia poderia sobreviver.
No entanto, o trabalho na editora começa a ser cada vez mais e David deixa de ter vida própria dedicando todas as horas ao trabalho. Fica gravemente doente.
Surge, nessa altura, uma proposta de um editor misterioso que, oferecendo-lhe uma elevada quantia, quer que este escreva um livro que irá revolucionar o mundo, uma nova religião.
A vida de David está cada vez mais dificil, salientando também a infeliz história de amor com Cristina, a filha do motorista de Pedro Vidal, por quem é apaixonado.
É a partir do momento em que David aceita a proposta do “patrão”, o tal editor, que a sua vida entrará num labirinto onde terá de enfrentar vários perigos para descobrir a origem deste editor, que além de o tornar rico, lhe cura a doença, mas que quase o leva à loucura.

Na minha opinião é um livro extremamente bem concebido e, independente de ser bastante volumoso, lê-se com extrema facilidade e prazer.
Há mistérios da primeira à última página e a história leva-nos por caminhos contrários ao desfecho, surgindo a cada momento algo que não estávamos à espera.
É uma obra envolvente, misteriosa e fascinante, só me desagradando um pouco, em relação à primeira obra, por ser mais fictícias.


P.S: Não se esqueçam de ler este livro, vão adorar!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Admirável Mundo Novo


O livro que li neste terceiro período chama-se "Admirável Mundo Novo" e foi escrito por Aldous Hyxley.
Gostei muito de o ler , pois sempre gostei de ler livros sobre genética e assuntos relacionados com esse tema, e é desse assunto, em parte, que este livro trata. Fala de uma sociedade completamente organizada num sistema de castas, em que as pessoas são condicionadas quer biologicamente quer psicologicamente. As pessoas tomavam doses de felicidade através do Soma ( droga permitida no futuro), e as ideologias eram inculcadas nos indivíduos quando se encontravam a dormir.
Este livro descreve uma sociedade ode imperava o excesso de ordem, onde todas as pessoas eram logo desde a nascença condicionadas mentalmente para viverem em harmonia numa sociedade que chegava a ter os seus desejos controlados pelo Soma, sendo a liberdade de escolha restrita a poucas matérias de vida.
Não vos conto mais nada sobre este livro para vocês o possam ler, e possam desfrutar tanto como eu, pois o prazer da leitura ainda não foi condicionada na nossa sociedade.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Admirável Mundo Novo



O livro relata a vida de uma sociedade do futuro ( em relação ao ano em que foi escrito), a história de um mundo novo, onde os valores são diferentes, onde a felicidade é determinada pelas drogas, o domínio é a tecnologia científica, e vida e morte são manipuladas. Nessa sociedade todos os desejos são realizados, e para sentir-se feliz uma pessoa toma doses de drogas que libertam a mente e lhe dão um sentido de alegria, um consolo.
A concepção e a reprodução da espécie não são naturais: são feitas em laboratório. Não existe o apego nem a afectividade no encontro da criança e da mãe, não há uma troca de amor, nem de afeição. Os homens e mulheres são criados meramente para servir, seleccionados para um trabalho específico, sendo divididos em castas; são condicionados e manipulados, não existindo liberdade de pensamento e de acção,
Achei o livro interessante, de leitura fácil e acessível. As primeiras paginas são monótonas, mas a partir do meio, o livro torna-se interessante. Acho que para quem gosta de ler histórias em que a ciência / tecnologia predominam este é o indicado.

O Mestre de Esgrima



A obra “ O Mestre de Esgrima” de Arturo Pérez – Reverte, relata a história dum mestre de esgrima conceituado que vivia um pouco “desligado” da vida política e apenas se concentrava nas lições de esgrima que dava aos seus alunos, entre os quais Luís de Ayala. Num certo dia, uma mulher bela e misteriosa, de nome Adela de Otero, pede a Don Jaime que lhe dê aulas de esgrima. A partir deste momento, o romance torna-se quase um policial, pois Luís de Ayala e Agapito Cárceles morrem, Adela de Otero “desaparece” e D. Jaime descobre que isto tudo aconteceu devido às cartas que Ayala lhe confiou. É então que Adela de Otero reaparece em casa de D. Jaime e lhe conta tudo o que se passou: que foi ela e uns malfeitores que mataram aquelas vítimas porque precisavam desses documentos para que se evitassem escândalos políticos.
No entanto, faltava uma carta necessária....
O final da história fica por contar, é claro, para quem quiser seguir esta leitura que não é só destinada a apreciadores da arte do florete.

Sem dúvida que foi uma obra impressionante e que me surpreendeu pela sua imprevisibilidade, pois eu pensava que a obra se iria basear numa história romântica entre um velho homem e uma jovem senhora, e de repente, o romance torna-se num enigmático policial.

A Aventura de Miguel Littin, Clandestino no Chile


Proibido de entrar no Chile pela ditadura do general Augusto Pinochet, Littin submeteu-se não só a uma mudança de personalidade, mas também de aspecto físico e da sua pronúncia não tendo sido reconhecido sequer pela sua própria mãe nem pelos soldados do palácio presidencial La Moneda, onde teve a coragem de entrar, tendo estado mesmo a poucos metros do gabinete de Pinochet, mesmo sabendo que corria o risco de ser morto no caso de ser reconhecido. Littin conseguiu entrar no Chile com várias equipas de filmagem independentes. Seguem-se os encontros clandestinos com membros da oposição, os testemunhos da população,etc. Gravam um filme de quatro horas para a televisão e outro de duas horas para o cinema. Ambos seriam, mais tarde, projectados nos quatro cantos do planeta como instrumento de denúncia da ditadura de Pinochet. Miguel Littin consegue assim concretizar o seu sonho de filmar um documentário clandestino sobre a realidade do Chile depois de 12 anos de ditadura Militar.

Na minha opinião o livro é um pouco maçador, uma vez que a história não faz muito o meu género e como tal não me cativa, ainda assim o livro é muito bem escrito e a sua escrita é bastante simples, o que torna a sua compreensão mais fácil. De qualquer das formas este livro serviu-me de desafio, dada a minha “fobia” pela leitura e desta vez posso me orgulhar em dizer “sim, eu li”.

domingo, 24 de maio de 2009

O Leitor


“O Leitor” conta-nos a história de Michael Berg, um jovem de 15 anos, filho de um filósofo e de Hannah Smith, uma mulher de 36 anos. Ambos conheceram-se quando Michael tinha apenas oito anos e como estava com icterícia ao voltar da escola passou mal em frente ao edifício onde morava Hannah. Na época, eles mal se falam. Após 7 anos os dois passam a viver uma grande paixão. Eles vêem-se freqüentemente e em uma espécie de ritual: tomam banho juntos, Michael lê para Hannah e depois fazem amor. Passado um tempo, eles desentendem-se e Hannah some de repente.

Anos mais tarde quando Michael, estudante de Direito, é convidado para assistir ao julgamento contra guardas dos campos de concentração nazistas, como o de Auschwitz, onde Hannah foi guarda, os dois se encontram mais uma vez. Michael assiste ao julgamento completo e paralelamente, passa a visitar todos os campos nazistas para saber mais sobre estes. No julgamento, Berg descobre que Hannah é analfabeta e tendo vergonha que descubram isso ela assume toda a culpa de um crime do qual ela é inocente. Ao final do julgamento, Hannah é condenada a 18 anos de prisão.

Michael se forma e passa a exercer sua profissão. Um dia, lembra- se de Hannah e vai à procura de seu paradeiro. Encontrando-a, passa a mandar-lhes cassetes com os livros que costumava ler para ela, sendo novamente o seu leitor. Certo dia ele recebe uma carta da prisão informando que Hannah vai ser libertada, nela vem o pedido para que ele a visite e ajude-a a reconstruir sua vida. Ele vai e encontra uma Hannah velha, mas ainda com o mesmo jeito. Um dia antes de ela sair, Michael recebe a notícia de que ela se enforcou, fazendo com que se sinta um pouco culpado por tudo o que não pode fazer por ela.

Hannah deixa todo o seu dinheiro para a filha de uma prisioneira que saiu viva de um incêndio em que Hannah era uma das guardas responsáveis pelas prisioneiras, mas a filha indica que Michael doe tudo para uma instituição que trate de assuntos relacionados ao Holocausto.

Assim, “O Leitor” é um livro que consegue captar a atenção de quem o lê do início ao fim e nos faz revisitar um período da história: o do nazismo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009




Olá pequenada


Juntei mais dois links: para estarem informados. Podem aceder ao jornal Público e à revista Visão. Aproveitem para ler as crónicas de Lobo Antunes.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Rio das Flores


Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares, conta-nos a história da família Ribera Flores durante as primeiras décadas do século XX. O leitor é transportado para a tranquilidade do Alentejo, a vida boémia de Espanha e o calor arrojado do Brasil que servem de palco aos acontecimentos deste romance.
As vastas terras do Alentejo escondem todas as alegrias, as lágrimas e os medos destas três gerações que sempre tentaram «manter imutável o que a terra uniu». Porém, o desejo da descoberta de um novo país traz consigo a LIBERDADE que se torna num vício para uns e numa perda para aqueles que cá ficam.
Este romance atravessa décadas delicadas, em que o Homem combatia nas guerras, matava milhões de inocentes e governava Nações desprotegidas. Nas suas páginas estão marcados todos os episódios destes anos de paixão, angústia, morte e de infelicidade que marcaram a personalidade dos homens.


«Tenho medo de uma coisa que tu não temes: que, depois de conhecer a liberdade, de ter viajado e vivido em países livres, não me volte a habituar a viver de outra maneira. Tenho medo que a liberdade se torne um vício, enquanto que agora é apenas uma saudade.»

terça-feira, 19 de maio de 2009





Este livro retrata o Afeganistão entre os finais do século XX e inícios do século XXI.
O país está sob o poder dos Taliban e atravessa um complicado período de guerra. No entanto, as maiores complicações são sentidas pelas mulheres. Tratadas como objectos, vêem-se sem direitos, sem protecção e inseridas numa sociedade profundamente machista.
Esta realidade é representada por duas mulheres: Mariam e Laila. Não se conheciam, tinham percursos de vida totalmente distintos, mas acabam por se unir e criar fortes laços de amizade. Mariam, mais velha, era filha bastarda e vivia com a mãe, Nana. Quando perde a mãe é obrigada a casar com um homem muito mais velho e a viver segundo as suas ordens, tudo para garantir o seu sustento e para não ser mal vista pela sociedade.
Laila é proveniente de uma família mais culta, com valores um pouco diferentes, em que a cultura e o respeito pela mulher eram muito valorizados. No entanto, a guerra rouba-lhe os irmãos e mais tarde os pais e a sua vida muda radicalmente.Embora pareça muito real,este livro não retrata um história verídica. No entanto, como podemos perceber no posfácio, o autor basea-se na sua experiência pessoal enquanto médico e embaixador da Boa Vontade nas Nações Unidas.

"Recordou-se de Nana ter dito que cada floco de neve era um suspiro soltado por uma mulher magoada algures no mundo. Que todos suspiros subiam para o céu, se reuniam em nuvens e depois se desfaziam em minúsculos pedaços, caindo silenciosamente sobre as pessoas cá em baixo."

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Ano da morte de Ricardo Reis


O livro de José Saramago o “O ano da morte de Ricardo Reis”, fala-nos acerca de um dos heterónimos de Fernando Pessoa, Ricardo Reis, o poeta das odes, como é descrito. Escrito no ano de 1984,a história relata o regresso de Ricardo Reis à cidade de Lisboa, onde fica a saber que Fernando Pessoa faleceu, mas este aparece – lhe (no estado de subconsciência), na noite de fim de ano, para “restaurar a nossa amizade… passados 16 anos, sou novo na terra”. Conhece Lídia, uma simples empregada do hotel onde fica hospedado, o nome da sua ninfa, que escreve em diversos poemas. Tem uma paixão efémera, conhece também uma jovem de nome Marcenda, vítima de uma pequena paralisação num braço.
Neste romance fala-se acerca da importância do “Estado Novo” na sociedade portuguesa dos anos 30 (1936).”Não há comparação possível entre o Portugal que deixou ao partir para o Rio de Janeiro”.
Um livro empolgante que prende o leitor à cadeira, que junta a imaginação da escrita de Saramago e a personalidade do heterónimo pessoano, Ricardo Reis.


“… sentado no sofá estava sentado um homem ,reconheceu-o imediatamente apesar de não o ver há tantos anos, e não pensou que fosse acontecimento irregular estar ali à sua espera Fernando Pessoa…”; “Soube que me foi visitar, eu não estava a espera, mas disseram-me quando cheguei, e Ricardo Reis respondeu assim, Pensei que estivesse, pensei que nunca de lá saísse, Por enquanto saio, ainda tenho uns oito meses para circular à vontade, explicou Fernando Pessoa…”

quarta-feira, 13 de maio de 2009



CONTRATO DE LEITURA



Lembro-me da inquietação de alguns quando, no 10º ano, vos falei do contrato de leitura e da obrigatoriedade de lerem uma obra por período. Alguns pouco tinham lido até então.
Durante estes três anos, falei-vos com entusiasmo de livros, de autores, de histórias marcantes.
Sei que alguns foram conquistados pela magia. Sei, também que a experiência foi positiva para todos, mesmo para os mais relutantes.
Para mim foi, certamente!
(Espero comentários. Montes deles!!!)
Cecília Furtado
(Nota: a imagem é a reprodução de um quadro de Pablo Picasso)




Olá a todos os que eventualmente nos lerem.

Este é um blog de leitura! Nele pretendemos dar conta das leituras que fizemos ao longo deste período, no âmbito do Contrato de Leitura para a disciplina de Português.
O que a nossa professora inventa....

Mas vai ser, certamente, uma experiência interessante!!! Vamos lá pôr a render as novas tecnologias!

Ânimo e mãos às obra!